segunda-feira, 31 de março de 2014

Um Pouco de Nós

UMa dose de solidão, POR FAVOR.


Não lembro mais o dia em que tomei aquela dose exagerada de solidão, mas tenho a impressão de que foi logo após meu término com ela. Sim, foi justamente isso. Foi por ela e por causa dela. Entrei num bar e pedi uma dose de solidão, fui atendida no exato momento. Havia solidão por toda parte. Fiz o que os Los Hermanos me aconselhou; peguei a solidão e dancei com ela.
Foi uma boa dança, realmente. Foi contagiante, acabou, por uns instantes, com a falta que ela me fazia. Sentia falta dos seus abraços, carinhos e afagos. Ainda sinto. Não superei sua perda até hoje. Creio que a esta altura meu texto já está ficando meloso e apático, mas sabes como são os loucos apaixonados. Não demorarei mais falando dos meus sentimentos em relação a ela; sentimentos estes que eram os mais sinceros de toda minha vida.
Minha dança com a solidão, como já disse, foi boa. Fiquei maravilhada com os primeiros momentos com ela, mas, após algum tempo, cansei-me. Desiludi-me. Já não era mais tão bom dançar com a solidão. Eu via o rosto do meu antigo amor no rosto da solidão. Adoeci. Larguei a solidão, voltei para a solidão.
Agarrei-me à solidão. A dose desta tomada logo após o término foi demasiadamente grande, fiquei de ressaca depois. Realmente precisava de uma ressaca, mas não deveria ser de solidão; minha ressaca deveria ser dela.

By: Jess, sarcástica.



Obrigada pela atenção.
                                    

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