segunda-feira, 28 de abril de 2014

Nossos Contos

Portas e janelas fechadas para que a luz não adentre a moradia de um ser humano totalmente desprezível. Não há mais nenhum traço de vida dentro dessa moradia, exceto a de um homem deitado no chão, em posição fetal. A respiração de tal homem está irregular, assim como seus batimentos cardíacos. Nenhuma devida explicação será dada à sua família: ele não tem família. Provavelmente seu corpo, ao morrer, ficará ali, estático, imóvel e gélido, até alguém sentir o odor de corpo em decomposição e ir averiguar de onde sai esse fedor incômodo. Ao chegar ao local em que o corpo se encontra, a pessoa que sentiu o odor ficará chocada com tal cena perturbadora: o corpo de um ser humano nunca visto antes, em posição fetal, exalando um cheiro nunca sentido antes. Deve ter morrido há três dias, pensa e sai à procura de ajuda.
Ao chegar ajuda, o corpo é removido e a propriedade fica sob custodia do governo.
Só que este homem ainda não foi de encontro com a morte. Ele ainda está ali, jogado no chão, em posição fetal, esperando por sua vez de morrer. Morrerá, provavelmente, de solidão. 

By: Jess, sarcástica.



Obrigada pela atenção.
                                     

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